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Datafolha: 40% dos brasileiros acreditam na melhora da economia

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A revisão da meta fiscal de 2025 por parte do governo federal, apesar de dar margem para o cumprimento dos objetivos, acaba acarretando em incertezas, apontou à CNN Manoel Pires, pesquisador do FGV/Ibre e professor da UnB.

“A consequência econômica disso é que a dívida pública estabiliza a mais longo prazo. Ela vai demorar mais pra estabilizar. Então a gente fica com essa vulnerabilidade no fiscal que a gente já está vendo agora. Então, na verdade, essa revisão acaba acarretando mais incerteza e uma dificuldade no horizonte fiscal de longo prazo”, comentou Pires em entrevista no WW desta segunda-feira (17).

O governo revisou a meta fiscal para 2025, adiando parte do esforço previsto inicialmente para os anos seguintes. A princípio, o Executivo previa zerar o déficit fiscal neste ano e atingir um superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano que vem.

A meta para este ano foi mantida, mas para o ano que vem espera-se manter as contas no zero a zero.

A equipe econômica também revisou a projeção da meta fiscal para os próximos anos. No arcabouço, o resultado superavitário de 1% chegaria em 2026.

Agora, a proposta da LDO determina meta de superávit de 0,25% do PIB para 2026. O projeto também prevê meta de superávit de 0,5% do PIB para 2027 e 1% apenas em 2028.

Segundo o pesquisador do FGV/Ibre, a medida foi tomada devido à dificuldade em realizar um ajuste muito forte no ano que vem, conforme inicialmente planejado. E o impacto é sentido nas expectativas dos investidores.

“Essa decisão acaba gerando mais incerteza e dificuldade para os investidores vislumbrarem o cenário fiscal sendo atingido. Além disso, torna as contas públicas mais suscetíveis a choques econômicos, como desaceleração ou recessão”, afirmou Pires.

Timing político

O governo precisa apresentar as medidas de ajuste até agosto, para que possam ser aprovadas pelo Congresso e entrar em vigor no início do próximo ano. Pires indica que esse seria o caminho para se cumprir a meta almejada.

Assim, o professor da UnB aponta que o governo trabalha em duas frentes: de um lado, a expectativa econômica com o planejamento fiscal e medidas propostas; do outro, a viabilidade política dessas medidas para que possam ser efetivamente implementadas.

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