Empresas captam nível recorde de R$ 484,2 bi no mercado de capitais até agosto
O mercado de capitais brasileiro está vivenciando um momento histórico em 2024, com empresas captando um nível recorde de R$ 484,2 bilhões até agosto. Este valor não apenas supera o total captado em todo o ano de 2023, que foi de R$ 467,3 bilhões, mas também destaca a crescente confiança dos investidores e a robustez do mercado financeiro nacional.
A liderança nas captações vem das debêntures, que alcançaram a impressionante marca de R$ 283,9 bilhões no acumulado dos oito primeiros meses do ano, estabelecendo um novo recorde para o período. Este instrumento de dívida tem se mostrado uma opção atraente para as empresas que buscam financiamento de longo prazo, especialmente para projetos de infraestrutura, que representaram 27,6% do total captado, e para gestão de caixa, com 25,2%.
Entre as empresas que se destacaram nas emissões de debêntures estão Usiminas, com R$ 1,6 bilhão, Assaí, com R$ 2,8 bilhões, e Sabesp, com R$ 2,5 bilhões. Essas captações refletem não apenas a necessidade de financiamento para expansão e investimentos, mas também a confiança do mercado na solidez dessas empresas e em seus planos de crescimento.
Os principais compradores desses papéis foram os intermediários das ofertas públicas, como os bancos, que adquiriram 47,2% dos papéis, e os fundos de investimento, com 44,9%. Isso indica uma tendência de aumento nas aplicações em fundos de papéis privados, um sinal positivo para a diversificação e maturidade do mercado financeiro.
Além das debêntures, produtos de securitização como os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) também tiveram um forte crescimento, atraindo R$ 4,5 bilhões somente em agosto, um aumento de 187,9% em comparação com o mesmo mês do ano anterior. No acumulado do ano, o valor captado por FIDCs chegou a R$ 43,3 bilhões, ultrapassando o total de 2023.
Este cenário favorável é resultado de uma combinação de fatores, incluindo condições de mercado propícias, liquidez no mercado secundário e avanços na regulação, como as normativas para debêntures de infraestrutura. Segundo Guilherme Maranhão, presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais da Anbima, esses elementos têm sido fundamentais para os sucessivos recordes de captação observados neste ano.
O mercado de capitais é um termômetro da economia, e os números atuais refletem otimismo e uma perspectiva positiva para o futuro econômico do Brasil. Com empresas buscando cada vez mais diversificar suas fontes de financiamento e investidores ávidos por oportunidades, o mercado de capitais brasileiro demonstra vigor e potencial para continuar crescendo e contribuindo significativamente para o desenvolvimento do país.
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