Veja os fundos imobiliários mais recomendados para se investir em julho

O levantamento considerou a avaliação de Santander, Empiricus, BTG, Genial, Ativa e EQI.

Cenário econômico

O momento do mercado brasileiro é de incertezas. O dólar encerrou o 1º semestre com alta de 15%, enquanto o Ibovespa caiu 7,66% no período.

As preocupações do mercado vêm se pautando principalmente pelo cenário de incerteza fiscal, temores sobre o exterior — em torno de conflitos geopolíticos e juros altos nos Estados Unidos — e a taxa Selic, que segue elevada em 10,5% após o Banco Central manter seu nível na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

Mas o momento é visto como positivo para os investimentos em FIIs.

“Para o mercado de fundos imobiliários, no curto prazo, o momento acaba sendo benéfico para ativos de recebíveis, uma vez que os ativos se beneficiam a primeiro momento de uma expectativa terminal de juros nos dois dígitos”, aponta a Genial Investimentos em relatório, que destaca a recente valorização do título KNCR11, um dos mais apontados pelo levantamento.

A expectativa é de que o BC não volte a reduzir a Selic neste ano, cortando a taxa básica de juros novamente apenas na sua primeira reunião de 2025, de acordo com o boletim Focus.

A Genial ainda aponta que a aposta em FIIs pode vingar no médio e longo prazo se o investidor optar por uma mescla de títulos considerando as pressões inflacionárias vistas no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e a recente alta na curva de juros futuros.

E mesmo que o cenário recente venha sendo de volatilidade, destacam-se os “resultados consistentes e em muitos casos com viés de alta” dos FIIs, na visão de Anita Scal, sócia e diretora de investimentos imobiliários da Rio Bravo.

“Os fundos de papel devem conseguir manter um alto carrego diante das perspectivas de uma inflação e taxa Selic mais altas. Os fundos de tijolo apresentam perspectivas positivas de resultado – seja por expectativas de absorção de vacância, encerramento de carências e descontos concedidos em locações passadas, vendas de imóveis e pré-pagamento de dívidas realizadas”, avalia Scal.

“Neste momento surgem oportunidades de investimento visando recorrência e ganho de capital”, conclui a diretora de investimentos imobiliários da Rio Bravo.